Era fácil de imaginar um jovem pilotando aquela bicicleta.
Azul, prateado e branco, cores modernas que traziam um ar despojado. O gosto adolescente por personalização era claro nos adesivos de desenhos da década de 90, amortecedores em aço escovado e os chifres, como extensões dos guidões, carregavam a imagem esportiva. A bicicleta era bem cuidada, limpa. Claro onde devia ser clara, escuro onde devia ser escura.
O desenho do esquadro era simples, “sofisticado” suponho que o dono diria. Um triângulo que formava seu lado reto nas primeiras coroas ligadas ao pedal. As juntas tinham a solda bem aparada, um capricho para aqueles que fazem questão de um bom produto.
A bicicleta era uma máquina perfeita para o transito, fácil de imaginar, respeitosa, deslizando apesar das ruas pouco cuidadas da cidade. Espelho retrovisor circular no lado esquerdo, campainha discreta no direito: aparatos exigidos pela legislação.
O banco era um show à parte. Uma seqüência de “moderno”, “aerodinâmico”, “estrutura de carbono”, “silicone” seria ouvida de um entendedor. Não que o assento precisasse de um para conhecer seu lugar. Afinal, ficava ali, acima de tudo, na posição de destaque para aquele capaz de guiar a máquina.
4 comentários:
Bicicletas...Eu respeito muito uma boa descrição, além de tudo.
isso tá com cara de atividade do Ernane...
Tem muito tempo que eu não ando de bicicleta.
E, boa a observação do TG: é atividade do Ernane?
claro q é atividade do ernane.
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