quinta-feira, maio 24, 2007

Descrição de uma bicicleta


Era fácil de imaginar um jovem pilotando aquela bicicleta.

Azul, prateado e branco, cores modernas que traziam um ar despojado. O gosto adolescente por personalização era claro nos adesivos de desenhos da década de 90, amortecedores em aço escovado e os chifres, como extensões dos guidões, carregavam a imagem esportiva. A bicicleta era bem cuidada, limpa. Claro onde devia ser clara, escuro onde devia ser escura.

O desenho do esquadro era simples, “sofisticado” suponho que o dono diria. Um triângulo que formava seu lado reto nas primeiras coroas ligadas ao pedal. As juntas tinham a solda bem aparada, um capricho para aqueles que fazem questão de um bom produto.

A bicicleta era uma máquina perfeita para o transito, fácil de imaginar, respeitosa, deslizando apesar das ruas pouco cuidadas da cidade. Espelho retrovisor circular no lado esquerdo, campainha discreta no direito: aparatos exigidos pela legislação.

O banco era um show à parte. Uma seqüência de “moderno”, “aerodinâmico”, “estrutura de carbono”, “silicone” seria ouvida de um entendedor. Não que o assento precisasse de um para conhecer seu lugar. Afinal, ficava ali, acima de tudo, na posição de destaque para aquele capaz de guiar a máquina.

4 comentários:

Unknown disse...

Bicicletas...Eu respeito muito uma boa descrição, além de tudo.

Mateus TG disse...

isso tá com cara de atividade do Ernane...

Angélica disse...

Tem muito tempo que eu não ando de bicicleta.
E, boa a observação do TG: é atividade do Ernane?

Thiago Locutor disse...

claro q é atividade do ernane.