Nunca pensei que um dia viria a público para tentar explicar o que eu acho dessa intricada estrutura de relacionamento sexual (no sentido entre sexos, não de sexo). Mas diante de alguns comentários do momento supracitado, acredito que posso, em todo caso, esconder-me atrás da já tradicional ignorância masculina sobre o assunto (situação bem irônica, visto que somos os mais interessados).
No rastro do comentário que fiz na oportunidade, começo pelo básico. Apesar de já bem vinculado, o termo “mulheres” não diz respeito a uma entidade suprema que rege o comportamento de todos aqueles seres sob a deliciosa constituição de mulher. Digo com isso, que existem mulheres e mulheres cujo agir e fazer mudam conforme suas próprias experiências culturais. Então, antes de perguntar “como entender as mulheres?”, devemos lembrar do “que mulher?”.
Variadas como as estrelas do céu (de cujo exemplo pegam emprestado não só os números, como também a beleza), cada mulher exigirá uma estrutura de ação-reação diferenciada. Algumas adorarão receber flores, outras acharão piegas. Umas tantas querem um homem que ligue, sinta ciúmes e diga o tempo toda que as amam, outras preferirão um relacionamento mais aberto, moderno. E entre os 8 e 80 haverão todas aquelas mais amenas.
Essa é uma simples questão de individualidade. Mas como o homem deverá encarar essa relação, observando seus óbvios e claros defeitos?
Antes de entrar no delicado tema, temos que entender uma simples regra não-universal feminina: a contra-partida.
Cuecas de plantão, vocês acham que ser bonita, inteligente, educada, cheirosa, bem vestida e tantas outras qualidades que nem iremos citar, é fácil? São horas no cabeleireiro, semanas de dieta e anos de preparação somados ao natural dom herdado. Depois de todo esse trabalho, o mínimo que elas podem fazer, é exigir uma contra-partida. Não acham? Se disserem não, continuem fazendo o péssimo trabalho e mantendo-se fora da “competição”. Mas se disseram sim, esse é o primeiro passo. Depois de se embelezarem e tornarem-se assim, tão maravilhosas, as mulheres querem que os homens também façam a sua parte no trabalho. Algumas preferirão corpos sarados, outras não trocariam nenhum homem por aquele que a faz sorrir; outras tantas querem um companheiro inteligente; novamente uma questão de individualidade.
É por isso que acho tão engraçado quando perguntam: “eu sou feio, burro, sem graça e tenho sérios problemas de higiene pessoal, mas comprei uma rosa pra ela e ela não me quis; por quê?”. Aquele que pergunta isso, deve antes se perguntar: “depois de uma vida toda de trabalho, ela vai mesmo se entregar por desgraçados 2 reais de uma rosa?”. CLARO QUE NÃO!
Agora, depois de explicada a regra da contra-partida, podemos voltar ao papel do homem nessa história toda. E pra todo homem, essa é uma questão bem clara. Somos os maiores interessados.
Então, se você realmente quer ficar ao lado daquela menina linda, de jeito apaixonantemente engraçado que adora filmes preto e branco, você terá de lutar por ela. Entenda-a e ofereça não uma rosa ou mesmo um buquê, seja diferente. Dê a oportunidade para que ela goste de você.
Seja apaixonante.