Homem aí do lado.
Continuação.
Teve uma vez que um peixe meu fugiu...
Não se deram 6 passos de homem alto, quando vi ali, tamanha formosura. Um pitéu de alumiar esse pedaço de mundo, com a força do brilho de um sol, que afugenta a lua e esquenta a terra. E reparando nos arredores, vislumbrei que até as árvores arqueavam, em comprimento garboso, esquecido dos tempos de mais decência.
Calado um mineiro não vive, aprumei as esporas e firmei as vistas na moça. Balançando que nem vara verde, não haveria muringa d’água pra me acalmar os nervos. Pra baixar as orelhas, só gamela de água fria como o sereno da madrugada. Eu, com fala de tuada forte, mingüei as palavras que era pra não parecer abobado. A resposta veio em forma de sorriso melindroso que me encheu o peito descompassado.
Mas sem os trejeitos nos conformes, não consegui dizer nem em prosa ou verso o que queria: que nem contadas 1000 léguas de raio desses pés de rodar o mundo, não haveria homem pra te querer e bem dizer, como esse servo do Senhor que agora te encara num peito aberto.
Dito pelo não dito, ficou pro rosário seguinte a farra do boi. Mas é conhecido entre todo bom sabido, que o caminho dos sentimentos tem nas porteiras umas tramelas fortes, não sendo, portanto, coisa de papel passado assim preto no branco.
E nesse vai e vem de música na viola, vou apertando os jeitos e segurando os beiços. Porque na verdade, nem canto de sabiá me tira os olhos da lembrança donairosa de um brilho de estrela em corpo de menina, que naquele jeito inocente, como córrego d'água, segurou até minha alma, pedaço na terra da força de meu Deus.