sexta-feira, abril 28, 2006

Auto suficiência em Petróleo?

“Na semana em que o petróleo bate picos de preço de US$ 72 o barril, com projeção de US$ 71 no mercado futuro para o mês de maio, o Brasil anuncia a conquista da auto-suficiência em produção. Ou seja, o País passa a extrair de suas jazidas um volume de óleo superior ao total de combustíveis que o mercado interno consome. É uma independência econômica internacional importante e não por acaso a data escolhida para anúncio foi o 21 de abril, Dia de Tiradentes, mártir da luta contra a coroa portuguesa.” (Estadao.com.br)

Muito bonito ver isso desse jeito. Auto-suficiência, independência internacional. Afinal, a Petrobrás é uma empresa nacional que agora pode eficientemente financiar o desenvolvimento do país, praticando preços justos na venda de petróleo.


Quem deras fosse verdade.


Somente 51% das ações da empresa são do governo federal, que as mantêm para garantir o controle administrativo da instituição. Mas enquanto empresa que tem parte do capital pertencente a grupos privados, a Petrobrás deverá, como já o faz, respeitar seu investidor, mesmo que isso represente sacrificar o preço ao consumidor.


Apesar da mais avançada tecnologia na extração em águas profundas e agora, a total auto-suficiência, a empresa continuará determinando o preço do barril produzido com o mercado internacional. É uma lei de oferta e procura, e garantindo os interesses dos investidores, o lucro deverá expandir o máximo possível.

Um outro fato também chama atenção. Vejam que o texto se refere à “o País passa a extrair de suas jazidas um volume de óleo superior ao total de combustíveis que o mercado interno consome”. O Brasil poder extrair mais óleo do que consome, não quer dizer que será consumido internamente o petróleo extraído no país. Isso porque o produto retirado das reservas nacionais não tem exatamente a mesma constituição química daquela possível de ser refinada no país. Meio estúpido, né?

Não exatamente. Quando as refinarias foram construídas, foram preparadas para o refino do tipo de petróleo importado na época.


O que eu quero dizer com isso tudo?


Que apesar da auto-suficiência em produção, continuaremos, por todos esses motivos, a pagar o mesmo preço do mercado internacional, quer dizer, condicionado por guerras, disputas e mandos e desmandos da política externa.

Acho que faltou as palavras “americana” ou “EUA” em algum lugar...

quinta-feira, abril 27, 2006

Pensar em quem?


Eu definitivamente não tenho responsabilidade. Desenvolvi esse blog, ou melhor, os textos desse blog para ser um espaço de desenvolvimento acadêmico. Preocupado, como sou, com minha formação, achei que escrever para um meio de comunicação tão eficiente (já viram os números de acesso a esse blog?) me empolgaria... Doce ilusão. Sem professor cobrando, acho que sou com um deles. Sabe? Aqueles que dizem que irão ou acontecerão, quando, na verdade, não.

Eu pessoalmente não concordo quando me dizem que coisas pequenas na vida de uma pessoa podem dizer sobre sua personalidade. Realmente acho que não podem, afinal, a vida humana, entendida na personalidade única do ser, é algo grande demais para ser analisado por coisas pequenas. Mas me admito vencido e assumo que a falta de responsabilidade junto ao blog é também marca de irresponsabilidade com a minha vida. Não é a primeira vez que coisas importantes para mim, são deixadas de lado por preguiça, digo melhor “falta de tempo”. Porque na verdade, não tenho tempo pra mim mesmo.

Outro dia me disseram que eu devia amar a mim mesmo como amo meus amigos. E faz sentido, não somente pra mim.


Devo parar de pensar e trabalhar pelos outros e começar a dizer um pouco mais EU e MIM.
A vida não está lá, mas aqui. Ou será que seria o contrário?

quarta-feira, abril 12, 2006

Previsões furadas


A proposta inicial desse blog era postar somente textos meus.
Mas com essa falta de tempo violenta, admito que às vezes vou apelar pelo Ctrl C e Ctrl V.

Juro, entretanto, que serão somente textos interessantes... Como
esse aqui, que cita algumas das previsões furadas de grandes nomes da história.




O texto foi copiado do IDG Now! no link:
http://idgnow.uol.com.br/internet/2006/04/07/idgnoticia.2006-04-07.2280952870/IDGNoticia_view?pageNumber=2

Internet
Compras remotas, mesmo completamente possíveis, serão um fracasso - já que as mulheres gostam de sair de suas casas, de tocar na mercadoria e de poderem mudar de idéia". Revista Time, em 1966, condenando o e-commerce antes mesmo de alguém pensar em torná-lo realidade.

Computadores
"Como o ENIAC é equipado com 18 mil válvulas e pesa 30 toneladas, computadores no futuro podem ter apenas mil válvulas e pesar apenas 1,5 tonelada".
Revista Popular Mechanics, em março de 1949.

"Não há qualquer razão para que qualquer um queira um computador em suas casas".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipament Corporation, fabricante de grandes mainframes, argumentando contra o PC em 1977.

"Eu viajei por todo este país e falei com as pessoas mais preparadas, e posso assegurar que o processamento de dados é um engodo que não vai durar até o final do ano".
O editor responsável pelos livros de economia na editora PrenticeHall, em 1957.

"Mas... para que isso serve?"
O executivo da IBM, Robert Lloyd, falando em 1968 sobre microprocessador, o coração dos atuais computadores pessoais.

Telefone
"Esse 'telefone' apresenta muitas restrições para ser seriamente considerado como um meio de comunicação. O aparelho não representa valor nenhum para nós".
Um documento da agência de finanças Western Union, em 1878.

"Os norte-americanos precisam do telefone, mas nós não. Nós temos um número grande de entregadores de mensagens".
Sir William Preece, engenheiro-chefe dos Correios Britânicos, em 1878.

"É uma ótima invenção, mas quem gostaria de usá-la?"
O então presidente norte-americano Rutherford B. Hayes, após a demonstração do telefone de Alexander Bell, em 1876.

"Um homem foi preso em Nova York por tentar extorquir dinheiro de ignorantes e supersticiosos ao exibir um aparelho que, diz ele, transmitirá a voz humana por qualquer distância por um fio metálico para que seja ouvido por uma outra pessoa. Ele chama o instrumento de telefone. Pessoas bem informadas sabem que é impossível transmitir a voz humana por fios".
Notícia em um jornal de Nova York, em 1868.

Televisão
"A televisão não vai durar. É apenas um flash em uma bandeja".
Mary Somerville, pioneira das transmissões educacionais de rádio, em 1948.

"A televisão não vai durar por que as pessoas logo se cansarão de ligar a caixa de madeira toda a noite".
Darryl Zanuck, produtos de filmes da 20th Century Fox, em 1946.

"Enquanto a televisão pode ser mais agradável teoricamente e tecnicamente, comercialmente e financeiramente é uma impossibilidade, um desenvolvimento que ficaremos gastando pouco tempo sonhando".
Lee DeForest, pioneiro norte-americano do rádio e inventor da válvula a tubo, em 1926.

Rádio
"O rádio não tem futuro".
Lord Kelvin, matemático e físico escocês, ex-presidente da Sociedade Real, em 1897.

"A caixa de música sem fio não tem futuro comercial imaginável. Quem pagaria por uma mensagem mandada para ninguém em particular?".
Sócios de David Sarnoff respondendo a um documento que pedia investimento no rádio, em 1921.

"Lee DeForest disse inúmeras vezes em muitos jornais e assumiu a responsabilidade de que seria possível um dia transmitir a voz humana pelo Atlântico muitos anos antes. Baseado nessa declarações absurdas e deliberadamente errôneas, o público foi levado a comprar ações da sua companhia..."
Juiz norte-americano, culpando o inventor Lee DeForest por vender ações fraudulentas em carta para sua empresa Radio Telephone Company, em 1913.

Outras tecnologias:
“A transmissão de documentos via telefone é possível em princípio, mas os aparatos necessários são tão caros que nunca se tornará uma proposição prática.”
Dennis Gabor, físico britânico e autor de “Inventing the Future”, em 1962.

“Por volta de 1985, as máquinas serão capazes de fazer qualquer trabalho que o homem pode fazer.”
Herbert A. Simon, da Carnegie Mellon University, considerado o fundador da Inteligência Artificial, falando em 1965

“O mercado potencial para máquinas de fotocópias é de 5 mil máquinas, no máximo”.
A IBM para o fundadores da Xerox.

"O fonógrafo não tem nenhum valor comercial"
Thomas Edison, um dos principais inventores norte-americanos, em 1880.

"Esta coisa de antitruste vai passar".
Bill Gates, fundador da Microsoft (data não disponível)

sábado, abril 08, 2006

Estou extramamente chateado

Já pararam para observar, pelo menos os homens, que banheiros de estabelecimentos de alto nível, como bons bares ou grandes empresas, o que são mais ou menos a mesma coisa, mas voltando... alguém aí já reparou que nesses banheiros há uma lista como "lista de instrução".

Parece que quanto mais rico o sujeito é, mais idiota eles pensam que são. Obviamente essa construção cresce na mesma proporção da certeza de que quanto menos favorecido, mais definitivamente, se é. Vide os banheiros nos bares e empresas de nível contrário as supra citadas.

Mas essa não é uma discussão financeira, mas sexual. Aposto que em banheiro feminino, não há manuais. Para aquelas que não sabem sobre o que eu estou falando, tais instruções, as quais me refiro, são do tipo:
1. Urine no vaso sanitário.
2. Jogue papel higiênico no lixo.
3. Outras pessoas usarão o sanitário depois de você.

Quão humilhante isso é?
Muito.

Quem criou a lei do homem idiota? E pior, quem criou a lei da mulher perfeita?
Tudo bem que elas são mais inteligentes, educadas, bem sucedidas e ainda, não têm pelos.
Mas ninguém é melhor que ninguém...

terça-feira, abril 04, 2006

Caimos na prisão perfeita


Vamos começar devagar...
Todo o mundo onde você vive, não é mais que uma prisão. (Talvez eu não tenha ido tão devagar assim...)

Assumo um conceito de construção social baseada unicamente na vivência, quer dizer, nascemos como "pedras rasas", uma folha de papel em branco onde as manifestações culturais particulares da existência única, temporalmente e geograficamente, construirão o indivíduo.


Respeito, educação, inteligência, amor romântico, o que são?

Palavras.


Palavras que geram uma ponte conceitual entre vivência e bagagem cultural. Todos esses conceitos não são naturais, biologicamente, aos homens. Nesse sentido, formam uma cadeia de vivência a qual somos não somente expostos, mas obrigados a viver.


Quando nascemos, somos bombardeados com noções de dever e poder. Bom e ruim. Bonito e feio. Certo e errado. Todas essas construções são específicas do momento no qual nos inserimos. Quando disseminadas sistematicamente entre todos os cidadãos de determinado grupo humano e quando esses padrões especificam as formas e jeitos de como a vida deve ser seguida, tem-se o estabelecimento de uma ordem, superior a vontades.

É a prisão perfeita, onde somos todos cárceres e carcereiros.

Ser carcereiro não é somente vigiar e zelar pelo comportamento alheio, mas também pelo nosso próprio. Sabemos o que, quando e como cada aspecto de nossa vida deve ser ativado. Uma vontade superior à biológica que conduz nossos narizes pelos caminhos socialmente aceitos e comumente necessários.
O contrato social expandiu-se limita-se ainda a controlar as circunstâncias entre as pessoas. Mas o entendimento sobre esse momento, expandiu-se e abriga toda a composição de vida de cada ser humano.

A ordem social é tal importante para o homem, que me assusto em pensar na possibilidade de caminhar-mos para uma nova sociedade colonial, entendendo o termo como o empregado para manifestações comuns na vida de formigas ou abelhas. O valor individual cai proporcionalmente ao aumento da importância macrosocial.


Ampliando ainda esse pensamento, acredito não haver mais líderes ou melhor, controladores. O sistema já alcançou tamanha auto-suficiência, que não há mais espaço para seres humanos se não na categoria de controlados. As divisões classistas de detentores dos meios de produção e assalariados, ou o mais simples, ricos e pobres, cabe à camada inferior da nova articulação.


Criamos um arcabouço superior e além das decisões individuais. Uma grande prisão para e mantida pelos pobres humanos.
E o caminhar da humanidade, não é mais animados que o rato que corre em sua roda de exercícios.

domingo, abril 02, 2006

Não queria estar em casa


Que raiva de estar em casa agora!
Domingão, noite, fantastico, segunda-feira, estágio, responsabilidade, rotina.
Algumas vezes sinto que estão articulando contra mim. E não falo dessa paranóia de "Big Brother", ou Leviatã, câmeras secretas, espião, CIA, KGB, PT. Nada disso. O negócio é pessoal.

Tem um alguém, por aí, que não gosta de mim e está fortemente empenhado em boicotar meu pleno desenvolvimente pessoal.

Se eu quero, faz parecer que não pode. Se pode, faz parecer que é estranho. Se nem é estranho, faz parecer não devo. Se devo, acho que não quero.

É... Estão definitivamente me boicotando.

01/04/2006

Achou que eu ia postar ontem?
Caiu, caiu , caiu, Primeiro de Abril.