quinta-feira, outubro 26, 2006

Vida eterna


Eu sei que esse parece mais um daqueles textos "meus"; chatos, desinteressantes e coisa de nerd.
Mas eu realmente acho que vale a pena uma lida rápida. Não será nenhum assunto de mesa de bar, mas pode te tomar alguns segundos quando não tiver nada mais para pensar.
Um comentário pessoal segue após o texto.
Sem mais delongas:

Vida eterna?

A ciência acaba de decifrar um mecanismo de ressuscitação que é um marco científico extraordinário. O autor deste achado é o biólogo franco-croata Miroslav Radman, de 62 anos, que conseguiu descobrir o processo de ressurreição de uma bactéria, Deinococcus, que mesmo depois de morta é capaz de voltar à vida em poucas horas.


Essa assombrosa capacidade permite lhe resistir em condições extremas e até sobreviver a um nível de radiação mortal para 5000 homens. Depois desse tratamento, que estoura seus cromossomos em centenas de fragmentos, a bactéria é capaz de reparar seu código genético para voltar à vida.

O achado abre perspectivas tão interessantes para a ciência que a revista Nature dedicou um grande espaço à descoberta de Radman e sua equipe de quatro cientistas da Unidade 571 do Instituto Nacional da Saúde e de Investigação Médica, da França.

Esse interesse é explicado pelas possibilidades que abre à medicina regenerativa. Para o cientista este é o primeiro passo no terreno da reconstituição neuronal e cardíaca. E a partir daí tudo seria possível, até a vida eterna.

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O quadro que ilustra esse post é chamado "A eternidade das pedras". E é justamente esse o pensamento base que me inunda quando penso na vida eterna. Como seriam nossas vidas?
Viveríamos eternamente como bucólicos observadores do borbulhante mundo a nossa volta, ou teríamos energia para queimar nossa vida do sempre a cada segundo?
Falar de possibilidades é fazer perguntas, é recorrer ao "se" e ao "como". Mas imaginar o futuro é também jogar o manto do entendimento sobre o presente.
Se (olha ele aí de novo) nessa vida de meras dezenas de anos deixamos de fazer muito daquilo que gostaríamos, porquê faríamos diferentes se estendessemos esse vivência para algumas centenas de anos?
Se não somos capazes de nos realizar a cada dia, com certeza não o seríamos na eternidade.
Acho que a vida eterna deve estar em cada dia, em cada suspiro, em cada telefonema ou abraço.
O sentido da eternidade, a realização através dos tempos, não precisa ser contado em anos. Basta que a cada segundo estejamos felizes se pudéssemos repêti-lo. Mas não para reviver a vida a todo momento, mas para termos certezas que estamos "no caminho certo".
Afinal, nem mesmo agraciado pela eternidade, ninguém gostaria de viver, efetivamente, como uma pedra.

3 comentários:

Nana disse...

vc está melhorando, heim...rs bjo

Sujeito Oculto disse...

A vida... quanto mais simples, mais resistente. Podemos nos clonar, regenerar nossas células, nos criogenizar como Walt Disney (esse sim tem vida eterna) ou poderíamos até nos tornar imortais como os McLeod. Mas acho que uma das coisas que tornam a vida mais interessante é o medo da morte. É saber que não podemos errar muito porque teremos poucas chances. Se não morrêssemos, a vida seria igual àqueles joguinhos cujos macetes aprendemos e ganhamos sempre. Qual é a graça?

Unknown disse...

Falando em McLeod: "Who want´s to live forever?"... Sim, pense em como ficaríamos idiotas se fôssemos imortais? Vários Wolverines (comparação nerd mesmo...) fazendo idiotices por aí pelo simples fato de poder...Qual o problema de ser preso se eu vou ficar vivo pra sempre? Que castigo físico intimida alguém que se regenera? E o pior: quando a sua namorada disse que quer ficar contigo pra sempre ela vai poder cumprir a promessa!