terça-feira, outubro 10, 2006

Ursinhos de pelúcia

Nossa, foi um bom tempo sem atualizar o blog. Mas agora, de volta a Viçosa, vou tentar manter a peridiocidade tradicional, quero dizer, a total falta de peridiocidade.

Apesar de já estar de volta ao trabalho e às atividades acadêmicas tradicionais (festas e bebidas) [quem deras eu fosse assim tão “descolado”] ainda me sinto no clima de férias. Impossibilitado, portanto, de assumir novamente o discurso metafilosófico desse blog, continuarei com os texto mais tranqüilos, seguindo, como já citado, recomendações de amigos.

O tema de hoje é ursinho de pelúcia.

Quem nunca teve um ursinho de pelúcia? Acho que todos já tiveram. Até mesmo Samurais já tiveram. Na verdade, até mesmo Chuck Norris já teve um, mas claro, o dele tinha uma pequena diferença. Quando se apertava o botão vermelho em um dos braços, ele não dizia “I love you” ou nenhuma dessas bobagens. Ele na verdade iniciava um programa de autodestruição que culminaria num roundhouse kick e a conseqüente destruição do planeta terra.

Sendo tão populares, não era de se esperar que esses animais tão fofinhos e carinhosos quisessem conquistar o mundo...

Tudo começou na manhã do primeiro dia do ano da graça de nosso senhor de 1602. Num navio que zarpava para recém descoberta América, um grupo de ursinhos de pelúcia se infiltraram entre religiosos descontentes com o poder real inglês e se embrenharam na luta pela vida nas terras além mar.

As principais famílias daquelas criaturas tão adoráveis se instalaram na costa leste daquele que seria chamado no futuro de Estados Unidos. Outros proeminentes nomes da sociedade “de pelúcia”, entretanto, aventuraram-se na busca pelo oeste. Naquele região enfrentaram, porém, a guerra contras os povos dos cavalinhos de pelúcia, bravos lutadores de peles vermelhas.

Mas a supremacia da tecnologia vigorou nas termas ermas e a sociedade dos ursinhos cresceu vigorosa. O primeiro passo foi a construção de estradas, possibilitando o rápido deslocamento das tropas imperiais em todo o território; vantagem que assegurou o poder unificado do território. A força perdeu espaço para o comercio, e importantes rotas marítimas foram estabelecidas, destacando-se a Companhia das Índias Orientais, principal fornecedora de pelúcia, importante matéria-prima na sociedade dos ursinhos de pelúcia.

A vigorosa movimentação financeira trazida pelo comercio era assegurada pela marinha de guerra, instrumento importante para proteger a unidade territorial livre de invasões, ameaçada pela crescente influência dos lobos de cachos dourados de pelúcia, ou vikings. Livre do perigo, a prática da usura se desenvolveu bem, garantindo lucros para uma parcela significativa da sociedade, os ursinhos de pelúcia de cachinhos engraçados, ou judeus.

Uma população em expansão exigiu técnicas de produção de pelúcia cada vez mais eficientes. Em um berço financeiro condizente com as necessidades, explodia a revolução industrial dos ursinhos de pelúcia.

Daí pra frente, todo mundo sabe a história...

Mas a grande verdade sobre os ursinhos de pelúcia?:

... até mesmo samurais têm ursinhos de pelúcia. E até mesmo os ursinhos de pelúcia são, as vezes, pegos bêbados.

3 comentários:

Sujeito Oculto disse...

Eu tinha um cachorrinho de pano. Ele era bonzinho, nunca se rebelou...

Iara disse...

Muito bom! Adorei "os cachinhos engraçados dos judeus". bjo

Unknown disse...

Thiago, isso foi de um non-sense absoluto...Quase chorei aqui...Me emocionou, compadre...