Existem aqueles que simplesmente são levados, mesmo quando vêem que outros caminham. Uns bóiam levados pela maré, outros nadam em braçadas – como se soubessem até que a vida dependesse disso.
Existem momentos em que nos perguntamos não somente quem somos, mas o fazemos. Mesmo porque, a resposta à segunda pergunta é invariavelmente ligada à primeira. Se o preconceituoso – e sem criatividade – dissesse o amargurado “me diz com tu andas e eu direi quem és”, o matuto te olharia num relampejo e assim, no nada, já teria mais informações do que o suficiente pra te descrever, gesto a gesto.
A mulher passou rebolando, o caboco sacudiu os ombros. Ó céu, ó lua. É na obviedade do ser que vou, eu vou.
Sem personalidade, como sou, vinha embalado pelos bons exemplos. Façam e eu faço. Mas e quando eles se foram? E quando eles se vão?
Perco a nota, perco o timbre, perco o laço, perco o prumo. Nem vou, nem vou.
Um comentário:
Crise de identidade? Eu ando tendo que redefinir boa parte do que eu sabia sobre mim...Parâmetros mudaram, pontos de referência sumiram...Agora é conseguir tomar novos rumos...
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